Sai uma pessoa do trabalho ainda tem que ir apanhar o metro que, para não variar, vai cheio de miúdos, e onde é que eles se dirigem? à cidade do Rock pois claro.
À saida do metro há pessoal da candonga e pessoal que nos enfia nas mãos folhetes para irmos para aquela escola profissional ou tirar aquele curso (o pessoal vai para a borga!!! acham que nos interessa irmos estudar??!!) Vá de subir uns bons metros, sempre aconchegadinhos de pessoas de todos os lados. Chegamos a uma fila enooooorrrme em que se anda 2 metros de 5 em 5 minutos. Passamos por umas quinhentas fileiras de polícias, seguranças e voluntários e outro que tais, que espreitam, descuidadamente, para dentro das nossas mochilas, sacos, whatever.
Passamos as portas e quem vemos logo??? O Jel!!!!!!! em carne e osso e com aqueles olhos de esgroviado a que já nos habituou! (adoro-te meu!). Vemos pessoal com copos nas mãos, muita miudagem que nos faz pensar que estamos, na realidade, numa festa do Liceu Camões (não sei se é do mais betinho que há, mas foi o que me ocorreu). Pessoal que corre, grita, que cambaleia (ah pois é!), que dá encontrões.
Lá encontrámos umas barracas que nos venderam umas sandes sensaboronas e um copo de cerveja. E pronto lá fomos.
O Paulinho (Gonzo) lá estava super, mega, hiper contente com tanta gente a olhar para ele. Eu adorei as suas incursões nos blues (pq eu adoro blues!), a alegria e a vontade que ele demonstrava em cada música. Excelente!
Depois veio a bela Ivete (chiça que a mulher não se cansa!) que animou o pessoal todo. E, para não variar, mais miúdos e miúdas, aos bandos (what the heck?) eram milhares, digo-vos!!
Não estivémos para ficar em filas infernais para conseguir um sofá insuflável da Vodafone ou uma mochila da Sic ou uma fita porta chaves não sei do quê (mas que bem arrependida estou do sofá...).
No dia de hoje não consigo calcular os minutos intermináveis que aquela senhora nos fez esperar, sei que já me doía tudo ("podias ter-te sentado no chão!" pois senta-te tu!) resolvemos jogar á solitária à vez... mas já estava quase a cair para o lado quando vejo um vulto no backstage a ser levado por dois marmanjos, um de cada lado, era a Amy pois claro (como é que ela chegava sozinha ao palco?), alguém a agarrou debaixo dos braços, falou com ela, como se de um Mourinho se tratasse a motivar o seu jogador, e lá entrou ela, cambaleante, vergonhosa, decadente, uma desgraça. Claro que as pitas ao meu lado gritavam histericamente de felicidade Yuhuuuu!! és a maior!! We love you! Quer dizer, espero quase uma hora e depois dou vivas de alegria?? Não há povinho como o nosso realmente!!!
No meu íntimo ainda tive esperanças de ver uma Amy como a dos videoclipes, mas toda a gente me dizia o contrário. Queria pensar que esta era uma grande oportunidade para ela para a sua carreira. Mas ela cag...borrifou-se completamente na cena! e isto é desrespitoso. Tanto para nós, como para a máquina poderosíssima (música, músicos, marketing, expectáculo visual 100%) que actua para ela!!! É um talento tão desperdiçado que, depois do 1º choque, já só sentia pena dela, e dos milhares de miúdos que gritavam e berravam como se não houvesse amanhã. É cool? Pode ser que o cool se acabe mais depressa do que aquilo que pensam....
Depois o Lenny, ouvimos umas 2 músicas e fomos embora pq realmente já não aguentávamos o cansaço físico, sorry Lenny.
Mas desta vez fomos e jurámos para nunca mais!
(oh mas ainda haveria tanta coisa para dizer...)
Velhos Amigos