Eu acho que sim.
Cada povo deve ter alguma personalidade de referência. Que os ajude a identificarem-se como sendo parte de uma sociedade, que partilhe a língua, a cultura, a identidade.
Cada povo deve ter alguém que seja sinónimo de esperança. Em Portugal temos vários, principalmente na altura da Revolução dos Cravos, sejam músicos, poetas, políticos, humanistas. Temos que depositar as nossas esperanças e a nossa fé na Humanidade em alguém.
Desta vez esse Alguém chama-se Barack Obama. Para além de ser, em tudo, diferente dos anteriores presidentes dos EUA (para além do facto comum de ser homem), é alguém que inspira confiança, que transpira verdade, características próprias de quem se candidata a governante da maior (?) potência do mundo. Pode ser o tão ambicionado "turning-point" que a América e o mundo precisa.
Mas cuidado. Eu, pessoalmente, não gosto de ir ver um concerto só pq são brancos, não gosto de ler um livro só pq foi escrito por um branco. O orgulho que a televisão mostrava na cara de alguns espectadores em Washington, parecia a revolta dos escravos na altura em que estes conquistaram a liberdade. Andavam presos? oprimidos? a partir daqui é sempre a subir até conquistarem o mundo? Que raio se passa nas cabecinhas? Pq dizem que "finalmente um dos nossos chegou a presidente dos EUA!"? não percebo. Alguma coisa me está a escapar.
Parabéns Obama, tens um grande país com milhões de pessoas prontas a serem educadas e responsabilizadas!
Velhos Amigos