Muitas vezes tenho chegado à mesma conclusão. As pessoas não mudam.
Ok, admito que até aí aos 12 anos somos influenciados por tudo e mais alguma coisa e como ainda não sabemos muito bem o que queremos, o que somos, absorvemos tudo o que nos rodeia como verdadeiras esponjas.
A partir daquela idade os traços da personalidade das pessoas podem acentuar-se ou suavizar-se mas não há enganos, eles permanecem lá.
Há 10 anos que eu assisto a uma conversa onde os argumentos são os mesmos, as opiniões são as mesmas e eu já desisti de me meter e de acudir por um por outro. Têm os dois razão e não têm. Obviamente é a minha opinião.
Portanto quando começam a discussão do costume em que á primeira palavra ambas as partes já sabem o que aí vem, as vozes alteram-se e começa a catadupa de acusações e outras coisas... mais graves.
Hoje em dia olho para o lado, assobio, ou tento abstrair-me com uma folha de jornal ou com as pessoas que passam lá fora.
O bom disto tudo é que o martírio, pelas minhas contas, vai acabar este ano. E eu só quero ver o que me reservam os dias para além desta data. Espero ter alguma paz de alma e finalmente poder estar com eles e aproveitar a sua companhia sem ter esta cambada de nervos todos os dias. É que os anos passam a correr e não quero chegar ao fim e pensar que uma grande parte da minha vida existiu no meio destas discussões.